A Caça (Jagten - 2012)

Muito feliz enquanto escrevo esse post sobre o filme que rendeu a Palma de Ouro em Cannes 2012 como Melhor Ator ao meu queridíssimo Mads Mikkelsen. *__*

Semana passada finalmente consegui assistir ao longa "A Caça", que estava ansiosa para ver há muito tempo.

Acompanho e admiro a carreira do Mads desde 2004, quando o descobri em Rei Arthur no cinema, e ele é simplesmente fantástico e meu ator favorito há nove anos, pois realmente nasceu para atuar - cada vez que assisto a alguma cena difícil interpretada por ele fico emocionada com a mesma intensidade de quando a vi pela primeira vez... A Caça era um dos poucos filmes dele que eu ainda não tinha visto.

O drama dinamarquês dirigido por Thomas Vinterberg se situa numa cidadezinha dinamarquesa pouco antes do Natal. Lucas (Mads) é um professor de jardim de infância adorado por seus alunos e muito amável com as crianças, apesar de ter uma vida complicada fora da escola. É divorciado, solitário, e tem um filho adolescente que mora com sua ex-mulher, e ela não o suporta e não quer que o filho passe muito tempo com ele, considerando-o má influência. Até então os problemas de Lucas não são tão grandes, o que muda totalmente quando uma aluna de sua escola o acusa de um ato pedófilo e logo ele é demitido e repudiado por quase todos após a história ser disseminada pela cidade.
Para o espectador não é difícil entender o que de fato aconteceu, se ele é inocente ou culpado, parcial ou totalmente, e ainda assim é interessante acompanhar o restante do filme para conferir suas reações aos comportamentos extremos de pais com medo do que possa acontecer a seus filhos e demais cidadãos enojados e sentindo-se ameaçados com sua presença no local.

Suas amizades são testadas e o final tem duas reviravoltas: uma bem clichê, à primeira vista, e outra bastante surpreendente e que foi a que me fez pensar muito sobre a lição do filme dias após vê-lo e condiserá-lo um espelho límpido da sociedade.

Abaixo, o trailer:

É uma história pesada, mas vale muito a pena encará-la, tanto pelo frequência com que ocorre quanto pelas questões nas quais não pensamos ao nos depararmos com tal acontecimento. Além da atuação e da direção primorosas.

Mais que recomendado.